Eu já teria perdido as contas (se tivesse contato) quantas vezes já ouvi de pessoas que, com muito carinho e zelo, me disseram:
"Com esse teu jeito, nenhum homem vai querer casar contigo. Reavalie teu comportamento para conseguir alguém um dia."
No início isso me irritava demais!
Escuto isso há, pelo menos, 17 anos.
Atualmente tenho muita vontade de rir.
Até porque o "meu comportamento" questionado não é nenhuma das várias características que considero importante mudar para me tornar uma pessoa melhor. Muito pelo contrário, é justamente algo que eu amo em mim: minha forma de tratar as pessoas. É o carinho que eu demonstro emocional, verbal e fisicamente por todos. Indiferente de ser criança, homem, mulher, travesti, bicho-do-mato, animal domesticado, árvore...me relaciono de acordo com minha vontade e, geralmente, minha vontade é meio...humm...como dizer? Exagerada.
Gosto mesmo de abraçar. Gosto mesmo de chamar de amor. De gritar para chamar de longe. De permitir que eu me empolgue por estar feliz ao ver a pessoa. Gosto mesmo de amar de verdade. Porque não depende do outro, depende de mim. E eu me sinto muito melhor quando estou perto, bem perto. Me sinto bem sendo íntima das pessoas. Gosto quando as pessoas confiam em mim para contar seus segredos, suas rotinas, seus medos e coragens. Aprendo muito com isso e ainda me oportunizo não contar para ninguém, o que é incrível, porque não faço o mesmo com minha própria vida...ainda.
Da mesma forma, com a mesma espontaneidade, demonstro o quão chateada fico quando as pessoas se mostram cheias de esquema, ficam escolhendo o que falar, como falar, como abraçar, se pode abraçar ou não, se posso xingar da mesma forma que abraço.
O próximo argumento que escuto é: "Mas assim todos pensam que você é fácil".
"Puta, você quer dizer..?" Eu respondo, geralmente rindo.
E se eu for?
E se eu transar com todos com quem eu tenha vontade e oportunidade?
Não era bem a questão (?), mas o que o número de pessoas com quem eu transo pode interferir na minha vida, nos meus outros relacionamentos interpessoais?
Muito! Interfere muito mesmo!
Não da forma que estamos acostumados a pensar, mas no meu relaciomento comigo mesma.
Não, não vou transar com todo mundo.
Não, não sou obrigada a dar pra você, querido.
Não, não vou transar com teu marido, querida.
O tipo de interferência é muito mais profundo do que a contação de um número.
Influencia no meu bem-estar, na minha sensação de liberdade, na consciência do que eu quero, do que me faz bem, de como gosto de ser tratada, de minhas emoções.
Então, sim, influência pra caramba no meu relacionamento com todos.
Mas a questão inicial era que nem um homem vai querer casar comigo, não é?!
Primeiro: Já fui casada durante 11 anos com um homem maravilhoso e foi com ele que aprendi várias coisas sobre isso.
Segundo: Quem disse que eu quero casar de novo? E, se casar, quem disse que quero casar com um homem?
Terceiro: O que te faz pensar que EU casaria com alguém que não concorda comigo? Que não é parecido comigo? Temos que lembrar que, para alguém casar comigo, eu tenho que casar com a pessoa também. Um relacionamento interpessoal envolve a vontade de mais de uma pessoa.
Eu ainda faço, e talvez passe a vida fazendo, coisas para me apaptar à normas sociais. Faz parte. Afinal, eu preciso mesmo respeitar o outro também. Mas a primeira pessoa que merece meu respeito sou eu mesma. Sou eu quem convive diariamente comigo mesma e tenho a necessidade de me sentir bem constantemente. De me sentir sincera. E não tem sinceridade quando eu não abraço, quando eu não chamo de "amor", quando eu não grito e pulo para abraçar quando sinto vontade.
Também não seria sincera se fizesse isso o tempo todo. Por isso, é normal que eu seja estúpida e que seja irônica demasiadamente. Isso não muda o que eu sou. Pelo contrário, é isso que me faz ser eu o maior tempo possível.
Então relaxa, uma pessoa que se sente bem consigo mesma não tem NECESSIDADE de casar. E, se casar, será para compartilhar e crescer junto, não para ter alguém que faça companhia. Afinal, minha melhor companhia já mora dentro de mim.
Busca pela terra do sempre
Uma terra em que todos são felizes crianças em busca de conhecimento
sábado, 9 de julho de 2016
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Não confunda penumbra com luz
Uma coisa é querer ser iluminada, outra é ser. Negar aquilo que ainda é sombra, só faz com que a mudança não aconteça jamais.
Uma coisa é imaginar o ideal, teorizar sobre, outra é viver e sentir.
E olha que eu sou boa com teorias bonitinhas! Sei bem do que estou falando!
Mas posso dizer que as experiências têm me mostrado que admitir (para mim e para os envolvidos) é melhor que negar aquilo que preciso mudar, aquilo que julgo não-ideal, aquilo que me incomoda. Há um "ponto" específico que define esse "admitir", porque conseguimos falar que admitimos só para nos enganar também. Essa é outra forma de se manter fora da mudança: dizer que admite, vociferar a mudança, quando na verdade não passa de mais uma ilusão para se manter naquela situação que já se tornou nossa zona de conforto porque já conhecemos há muito tempo.
Sabe quando a gente percebe que mudou mesmo? Quando aquilo não incomoda mais. Mas não é tipo um "foda-se", é um não sentir mais vontade nem de mandar se fuder, é não se importar mais mesmo.
E digo que quem chega ao ponto de não se importar mais de verdade com algo que antes era importante, faz grande coisa! Esse está fazendo a tal diferença no mundo que todos queremos fazer. Estão aí os cânceres e todas as doenças "menores" que não nos deixam esquecer o quanto estamos doentes emocionalmente.
Então, em resumo, quando falamos que transcendemos algo, que superamos algo, mas continuamos pensando e falando naquilo (mesmo que seja pelo orgulho de ter superado), é porque não superamos coisa alguma!
É hora de mudar de atitude, porque a técnica usada não está funcionando.
A gente se prostitui toda vez que...
Transa sem vontade, só para agradar ou para impressionar;
Se veste para impressionar o outro;
Fala e faz (ou deixa de fazer ou falar) para agradar o outro;
Presta serviço cobrando um valor menor do que vale;
Mantém um relacionamento (Cônjuge, pai, mãe, irmão,...) porque "é o certo a fazer";
Permanece numa situação incômoda por medo de tentar o novo...
E tantas outras coisas.
Portanto, não se preocupe, quem cobra para transar só está fazendo o que acha oportuno para o momento. Não está fazendo nada diferente do que já fazemos.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Se teu objetivo é correr 5 vezes por semana, não é porque você corre [só] duas que deixa de ser atleta.
Se teu objetivo é se comunicar bem, não é porque alguém pediu para você falar que você tenha que falar.
Se teu objetivo é fazer as coisas certas,você não é obrigado a fazer tudo o que te pedem.
Se é manter uma dieta saudável, não é um refrigerante que te fez sair da dieta.
Mantenha-se focado nos TEUS objetivos e permita-se escapar deles quando estiver com vontade, simplesmente...por estar com vontade!
Não desista porque não deu certo na primeira vez. Tente a 302ª se estiver a fim.
Aos poucos, satisfazer a tua vontade será a tua meta e, então, você sentirá que está vivendo plenamente.
Se teu objetivo é se comunicar bem, não é porque alguém pediu para você falar que você tenha que falar.
Se teu objetivo é fazer as coisas certas,você não é obrigado a fazer tudo o que te pedem.
Se é manter uma dieta saudável, não é um refrigerante que te fez sair da dieta.
Mantenha-se focado nos TEUS objetivos e permita-se escapar deles quando estiver com vontade, simplesmente...por estar com vontade!
Não desista porque não deu certo na primeira vez. Tente a 302ª se estiver a fim.
Aos poucos, satisfazer a tua vontade será a tua meta e, então, você sentirá que está vivendo plenamente.
Algumas pessoas acham estranho/constrangedor que eu puxe conversa com
desconhecidos em locais públicos. Eu acharia estranho não querer
conhecer a história de quem ficará sentado ao meu lado na fila do banco
por meia hora.
Todos têm uma história que, para elas, é importante; pode ser que pra mim se torne importante também. É uma oportunidade!
Quando a gente acha que tem muito a ensinar, perde a oportunidade de aprender com o outro.
Todos têm uma história que, para elas, é importante; pode ser que pra mim se torne importante também. É uma oportunidade!
Quando a gente acha que tem muito a ensinar, perde a oportunidade de aprender com o outro.
domingo, 1 de setembro de 2013
Qual é a semelhança entre poliamor e ateísmo?
Quando você acredita em Deus, tudo em sua vida é em torno dele; as coisas acontecem ou deixam de acontecer "porque Deus quer". Se você é ateu, a responsabilidade passa a ser sua. É você quem decide e não existe mais "destino".
Quando você é monogâmico, você diz NÃO para "aquela pessoa" com a desculpa que é comprometido; você acredita que se o outro transar com alguém é porque ele deixou de te amar. Quando você acredita em poliamor, você decide com quem sair ou não sair por você mesmo, sem jogar a responsabilidade no outro; se o outro transar ou se apaixonar por outra pessoa, você admite que é um sentimento dele que não depende de ti.
Ou seja, em ambos você admite que a responsabilidade é individual.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Frankenstein: um monstro criado por Vitor ou pelos olhos de quem o condenou?
Eu sou adepta, amante, visionária, protestante e propagandista (e modelo) da inserção de um estilo de vida simples, pois acredito que a nossa procura pela felicidade foi desviada de seu caminho natural.
Fonte desta imagem: http://timesliketheseq.files.wordpress.com/2010/09/tumblr_l7zp7806s31qcfe6do1_500_large.jpg
Enquanto procuramos manter a aparência para os outros, esquecemos (muitos, não todos) de nós mesmos.
É verdade que quando nos arrumamos nunca é para os outros, mas para nós.
Mas como pode ser para nós, se nos vemos nus todos os dias??? Então...por quê?
Para nos sentirmos mais "parte desse todo" que diz que precisamos consumir tudo que temos, e então precisamos gastar nosso tempo para adquirir mais para que consigamos consumir mais com aquilo que teremos...
E assim somos escravos. Nossa mente é escrava.
Escrava, e, por isso, não consegue ser mais criativa. Não consegue viajar um pouco mais. Está preocupada.
E, de repente, na tentativa de aumentar os argumentos para explicar o Frankentein nos dias atuais, digito no Dr. Google "mal vestido", e encontro o menino por quem me apaixonei na primeira vez que o vi. Me apaixonei mesmo sem saber quem era exatamente e quanto tinha em sua conta bancária! Aliás, eu não sabia nem da existência do Facebook naquela época. Me apaixonei pelo que ele estava dizendo para uma platéia de estudantes: dizia que sempre quis tornar sua vida mais simples, sem precisar cumprir horários, sem precisar se vestir conforme a regra mandava.
Aquele dia eu descobri um novo gênio da sociedade moderna. Hoje descobro que foi eleito o executivo mais mal vestido.
Mais mal vestido???
Quem definiu o que é ser bem vestido?
A sociedade.
A sociedade??? Mas...quem é a sociedade mesmo?
Eu faço parte?
A reportagem diz que "Além de Zuckerberg, aparecem na lista o executivo-chefe da Apple, STEVE JOBS, por não atualizar seu estilo, e o fundador da Microsoft, BILL GATES.
O estilo do presidente da Adobe Systems, Shantanu Narayen; do cofundador da Foursquare, Dennis Crowley, e dos fundadores do LinkedIn, Reid Hoffman, e do MySpace, Tom Anderson, também é criticado pela revista.Além de Zuckerberg, aparecem na lista o executivo-chefe da Apple, Steve Jobs, por não atualizar seu estilo, e o fundador da Microsoft, Bill Gates. O estilo do presidente da Adobe Systems, Shantanu Narayen; do cofundador da Foursquare, Dennis Crowley, e dos fundadores do LinkedIn, Reid Hoffman, e do MySpace, Tom Anderson, também é criticado pela revista."
Fonte desta imagem: http://180graus.com/balanco-da-rede/22
EU CONCLUO A LEITURA PENSANDO QUE A LISTA AINDA ESTÁ PEQUENA...
SÓ A CONTA BANCÁRIA ESTÁ CHEIA.
Mas, veja bem, não estou dizendo que gosto de ver pessoas mal trapidas, mau cheirosas....sujeira gera doença. Diferente, bemmm diferente.
A cada dia acredito mais que meu nome é Neila com algum propósito pré-definido....
Todos os meus ídolos se vestem de forma simples e valorizam outros aspectos. Eu posso citar ainda: Patch Adams, Miguel Nicolelis, Gandhi, Jesus Cristo, Buda, Gessinger (Engenheiros do Hawaii), Leindecker (Cidadão Quem), Renato Russo (Legião Urbana), John Lennon,....
Pensando bem, seria bem interessante ouvir Jesus, Buda ou o Gandhi falando: "Não sei com qual roupa eu irei".
Vitor Frankentein criou o "monstro" com pedaços de outros corpos, de outros seres humanos. Como todos somos diferentes, o novo ser ficou com uma aparência horrível: cada membro de um tamanho, cores diferentes....
O aparente monstro precisava de alguns conselhos para viver em sociedade, precisava de amigos que convivessem com suas diferenças, mas isso não foi possível, pois nosso primeiro julgamento ocorre pela visão.
O que torna o ser humano um homem/uma mulher aceito na sociedade é apenas a relação, a adaptação, que este tem com a sociedade em que está inserido.
Referências:
Fundador do Facebook é eleito o executivo mais mal vestido disponível em http://www.clmais.com.br/entreterimento/23725/
SHELLEY, Mary. Frankenstein. 1818.
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