Pesquisar este blog

Páginas

sábado, 30 de outubro de 2010

A formiga e a coruja

Era uma vez uma formiga que vivia trabalhando, orgulhosa de ser responsável pelo seu dever de levar ao formigueiro tudo que lhe era pedido. Vivia em bando, sempre falando muito, no entanto, sem muito o que falar.
Um dia encontrou-se com uma coruja e pediu:
- Hei coruja por que você está sempre em silêncio, nunca te vejo trabalhar no pesado, está todo tempo pensando...nao te faltas nada?
A coruja, demorando-se um pouco para responder, mas percebendo a impaciência da formiga, respondeu:
- Ora, eu só faço o que é necessário à minha sobrevivência.
Ouvindo isso, mas nao escutando, a formiga continuou fazendo o que lhe era ordenado: todos os dias antes do sol nascer já estava em sua labuta levando e trazendo coisas até oito vezes mais pesadas que seu próprio corpo, para o bem do formigueiro.
Um belo dia passando com seus companheiros pela coruja, novamente lhe disse:
- Ora, ora, ora senhora coruja, nao tens vergonhas tu de ficar aí parada com tanto serviço que há para se fazer?
A coruja olhou atentamente e observou as muitas feridas que haviam em sua pele e perguntou:
- Como está senhora formiga? Tem passado bem? O que tens feito para conhecer melhor a si e aos que te rodeiam?
A formiga, indignada com a falta do que fazer da coruja bradou:
- Ora, dona coruja, deixe de enrolações, nao tenho tempo para isso! Minha família está bem, eu levo alimentos em grande quantidade para eles todos os dias! É tanto alimento que nem conseguem comer tudo, chegam a estragar ainda no estoque!
A coruja se calou, mas pensou:"Sim, sim, tenho visto como as plantações desse fazendeiro têm sido nocauteadas por vocês".
Muitos dias mais tarde, a formiga ia passando por um caminho diferente e avistou outra coruja. Ela pode perceber que era diferente daquela que sempre conversava, mas nao tinha tempo para conhecê-la. Antes que pudesse pensar em qual caminho tomar viu uma companheira de sua espécie ser engolida por aquela ave.
Desesperada foi ter satisfações com a vizinha:
Dona coruja! Nao posso me conter pela humilhação que passei há pouco tempo atrás! Nao bastasse à sua espécie ser preguiçosa ainda se alimentam de seres tao trabalhadores como nós?!
A coruja, sabendo que devia se tratar de sua amiga que alimentava-se de insetos, falou pausada e calmamente:
- Ah, dona formiga, nós só fazemos o que é necessário para nossa sobrevivência!


Moral da história: quem muito fala e faz sem pensar, nao só deixa de aproveitar os bons momentos da vida como também serve de alimento para aqueles que pensam.





(Logo em seguida da criação dessa nova versao da fábula de La Foutaine - A cigarra e a formiga, encontrei outra um tanto interessante também nesse site: http://www.bilibio.com.br/mensagem/169/A+formiguinha+e+a+Cigarra+nova+versao.html - vale a pena ler!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário