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domingo, 29 de janeiro de 2012

Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó

Ontem fiz uma visita à UHE Foz do Chapecó, a quarta Hidrelétrica do Rio Uruguai, situada entre as cidades de Águas de Chapecó/ SC e Alpestre/ RS. Fiz o percurso da casa da minha avó até lá a pé e, como imaginava, é uma experiência totalmente diferente e magnífica. Jamais poderia se comparar ao passeio de carro. Minha experiência pessoal foi um misto entre fascinação e tristeza nos quase 12 Km percorridos. Muito bom ver as paisagens e o acesso a elas, mas péssimo ver a deficiência deste, a falta de água no rio e os lixos jogados no mirante.







Nosso "Rio de Águas Profundas" está praticamente seco a partir da barragem até se unir com o Chapecó. Além da deficiência da mata ciliar, que já se notava antes da construção, o fechamento das comportas e a seca fizeram com que um trecho de aproximadamente 6 km ficasse praticamente seco.





É bonito e triste ver as pedras e os pequenos poços de água onde há pouco tempo se via um lindo rio. Muito mais triste que bonito. O que se vê é um pequeno riacho na margem esquerda, o que não corresponde a 20% do total do rio.
No entanto, o trecho é lindo. Eu, que gosto de ecoturismo e prefiro rural a urbano, fiquei maravilhada. É uma paisagem que permite somente paz: campos verdes, limpeza, silêncio e animais. Magnífico! Sinto êxtase ao lembrar.









É inevitável imaginar que seria maravilhoso a prática de cicloturismo ali, não fosse a ausência de espaço na Rodovia. Não há meio metro sequer para passeios de ciclistas ou pedestres. Sem contar que, apesar das muitas placas informando a velocidade máxima de 60 km/h, os poucos carros que passaram por mim na manhã de ontem (geralmente moradores do local) simulavam uma pista de corrida, mesmo numa Rodovia tão estreita, com muitas curvas e o perigo de animais na pista.



Ao chegar no mirante, em Alpestre, o que vi foram muitos lixos jogados logo abaixo. Decepcionante. As pessoas certamente não pensam e, mesmo com tanta divulgação e campanhas de conscientização, não sabem da importância em não poluir e separar o lixo. Olhei ao lado e vi três lixeiros, a falta deles não pode ser desculpa pra tanto lixo: garrafas e copos descartáveis, latas de cervejas e refrigerantes, tocos de cigarros...É, tem de tudo demais!
Mas o lago formado pela Usina, não posso negar, é desafiante! A vontade de entrar na água foi grande. Pena eu ter sido descuidada e levar a máquina com pouca bateria.

Saí de lá com poucas boas esperanças, mas espero que seja possível a prática de ecoturismo, pelo menos. E, com isso, espero que as pessoas que visitem percebam o quanto fazemos mal ao nosso ambiente e que passemos a fazer nossa parte gastando menos luz, menos matéria-prima, separando o lixo, plantando  mais árvores e preservando as poucas que temos e que exigindo energia limpa antes que acabemos com todos os nossos rios, ou que sobrem poucos.




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